Emendas deixam de aumentar o governismo na Câmara em 2024.

Emendas deixam de aumentar o governismo na Câmara em 2024.

Do começo do ano até o final de abril, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha pago R$ 3,4 bilhões de emendas. No mês de maio, abriu o cofre e pagou mais R$ 9,4 bilhões. Ainda assim, teve derrotas no Congresso durante o mês e piorou sua taxa de governismo (percentual de votos que seguem a orientação do governo) entre os deputados. O fenômeno destoa do que aconteceu em 2023, quando o empenho recorde de emendas às vésperas da votação da Reforma Tributária foi seguido por um aumento no governismo que se sustentou e se ampliou nos meses seguintes….
Em julho de 2023, o governo teve uma alta de 5 pontos percentuais na taxa de governismo dos deputados aliados depois de ter feito empenho recorde de R$ 8,6 bilhões de emendas às vésperas da votação da Reforma Tributária. Em 2024, o governo anunciou em 16 de maio e pagou em poucos dias R$ 7,5 bilhões de emendas, logo antes da análise dos vetos presidenciais (que, depois de adiada a pedido do Planalto, foi realizada em 28 de maio). Mesmo assim, foi derrotado. Além disso, a taxa de governismo dos partidos aliados na Câmara caiu de 77,8% para 66,5% depois dos pagamentos.
O cálculo acima considera de forma conjunta os votos de deputados de partidos que são aliados de ocasião do governo. São eles MDB, PSD, PP, Republicanos e União Brasil. Todos têm ministérios, mas costumam divergir de Lula na Câmara.
O PL 709/2023, que tira benefícios de invasores de terra, distorce um pouco a comparação acima por ter tido 13 votações de destaques em que o governo orientou a bancada e perdeu. Ainda que as votações desse projeto sejam desconsideradas, no entanto, a taxa de governismo dos partidos aliados ainda oscilaria 1 ponto percentual para baixo depois do anúncio das emendas…

 

FONTE; PODER 360

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